A compra de um carro novo sempre é um momento de empolgação, de querer aproveitar o investimento e testar suas as funcionalidades. Contudo, antes de começar a rodar, é bom estar protegido contra possíveis problemas. Caso o veículo seja furtado, se envolva em um acidente ou apresente uma pane, a quem você vai recorrer?
A contratação de um seguro é essencial para ter um respaldo nessas situações. Os contratos preveem, por exemplo, indenizações, guincho e coberturas de reparos. Mas calma: não vá assinar o primeiro contrato que te oferecerem.
Antes de contratar um seguro, é preciso estar atento ao custo-benefício do serviço e também quais coberturas o seu perfil precisa. Veja abaixo como interpretar as propostas de seguro e faça a melhor escolha de cobertura.
Avalie na proposta que você receber quais os tipos de cobertura estão incluídos. A cobertura básica abrange situações como roubo, furto, incêndio, explosão e raios. Por sua cobertura limitada, ela também é mais barata.
Existem também as coberturas compreensivas, que incluem situações como colisões, capotagens, quedas de objetos sobre o veículo, danos praticados por terceiros, granizo, terremoto, entre outras.
É interessante observar se estão inclusas as coberturas relacionadas a terceiros que você possa atingir em caso de um acidente. São elas a Responsabilidade Civil Facultativa de Veículos (cobertura de indenizações que você pode ter que pagar a terceiros) e também Acidentes Pessoais de Passageiros (cobertura de indenização a pessoas que você transporte). Essa última cobertura é essencial caso seu veículo seja de usado para transporte de passageiros, principalmente se você pratica essa função profissionalmente.
Antes de contratar um seguro, leia atentamente a apólice. Além de saber interpretar as coberturas que você está contratando, é necessário observar alguns outros conceitos.
Em casos de sinistro, existe um valor do prejuízo que será arcado pelo próprio dono do veículo. Esse valor é chamado de franquia, e está expresso na apólice de seguros. A Susep (Superintendência de Seguros Privados), órgão que regula e fiscaliza o setor, explica que “se o valor do prejuízo de determinado sinistro não superar a franquia, a seguradora não indenizará o segurado”.
É preciso conhecer o valor da sua franquia e ter consciência de que, se houver algum dano ao veículo, é esse valor que você vai precisar desembolsar para que o seguro cubra o restante do prejuízo. Tenha sempre esse valor em alguma poupança para um caso de necessidade!
A franquia possui diversas modalidades. Existe a básica, que geralmente é a primeira opção oferecida; a franquia reduzida, na qual o valor pago pelo segurado em caso de sinistro é menor – consequentemente, o preço do seguro sobe nessa modalidade; e também a franquia ampliada, que prevê um preço maior que o segurado deve pagar em caso de sinistro – e que resulta em uma economia no valor da apólice.
A franquia reduzida é indicada para pessoas que acabam expondo o veículo a mais riscos de danos. Já a franquia ampliada encaixa-se no perfil de quem prefere arcar com reparos maiores sem precisar sempre acionar o seguro.
Caso você seja um motorista prudente, não tenha se envolvido em nenhum acidente, não tenha dado o azar de ter seu veículo atingido por nenhum outro e não abra nenhum sinistro – em resumo, não “utilize” seu seguro com frequência – a seguradora te considera um bom cliente.
Para te recompensar – e te conservar – elas costumam oferecer descontos aos segurados com o passar do tempo. Esse benefício é conhecido como bônus, e geralmente é concedido após alguns anos de “bom comportamento”.
A Susep explica que os critérios para concessão de bônus são definidos pela própria seguradora. Apesar de o órgão não defini-los, determina que esse desconto seja descriminado na proposta e na apólice.
Além das coberturas contratadas, outros aspectos vão definir o preço do seu seguro. O modelo do carro e o perfil do condutor principal são analisados pelas seguradoras na hora de calcular o valor da apólice.
É óbvio que um carro mais novo e mais caro terá um seguro mais salgado. Contudo, outro aspecto considerado nesse cálculo é o índice de furtos e roubos cometidos contra esse modelo de veículo. A quantidade de crimes cometidos na região onde você mora, trabalha ou estuda também entra nessa conta.
O perfil do condutor também pode baratear ou encarecer o valor da apólice. Com base em estatísticas, as seguradoras consideram que mulheres, pessoas mais velhas e pessoas casadas têm menor risco de se envolverem em acidentes. Portanto, o custo cobrado para pessoas dentro desse perfil costuma ser mais barato.
Sim. Como você viu, aspectos como regiões onde frequenta, onde você estaciona seu veículo e até mesmo seu estado civil são usados para calcular o risco de seu perfil. Assim, a orientação é informar qualquer alteração em itens relevantes para seu corretor e, caso necessário, será feita a correção da apólice. Dessa forma você garante que no momento em que mais precisar, o seguro estará à sua disposição.